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Faíscas nos olhos

Teorizo a matéria em vazios,
Espalhando migalhas na mesa.
Tenho n’alma um terreno baldio
E sou cúmplice, invento a surpresa.

Num pé d’água em desterro que cai,
Com faíscas nos olhos, despejo
Negro mar de friezas que vai
Já castrando e calando o desejo.

No sol que arde em mormaços febris,
Eu recorto horizontes num lume,
Sucessão inconstante de agoras.

Tatuagens em mim eu que fiz,
Sou um bicho com garras em gume,
Afiadas… Magoam… Esporas…

 

Composição musical e interpretação: Angelo Santedicola

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O magma é rocha ígnea que está em constante estado de ebulição, oculta no interior da terra, e só é lançada para a superfície por atividade vulcânica, sempre iminente. De sua solidificação, formam-se pedras preciosas. Daí a escolha do meu pseudônimo.

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